Cortar na própria carne! Essa é a semelhança dolorosa, contudo, virtuosa entre o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela e o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Desembargador José Joaquim.
Nesta segunda-feira (15), o Des. Joaquim acompanhou a deflagração de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e o Deccor (Departamento de Combate à Corrupção) que resultou na prisão de três servidores de carreira do TJ-MA e uma outra pessoa por suposto envolvimento de fraude em precatórios.
A investigação desse caso foi feita a pedido de José Joaquim, que “cortou a própria carne” ao mandar apurar irregularidades na gestão de precatórios contra servidores da Casa a qual ele é presidente.
Situação muito semelhante à desta manhã enfrentou Portela, que no final de 2018 mandou investigar indícios de participação do então superintendente Estadual de Investigações Criminais (Seic), Thiago Bardal, com uma organização criminosa de contrabando e assalto a bancos. Em seguida, Jefferson abriu procedimento administrativo para também investigar o delegado que acabou pedindo licença do cargo, Ney Anderson.
Quis o destino que os casos contemporâneos de “cortar na própria carne” nos quais protagonizam Portela e Joaquim se chocassem…
Trata-se, portanto, de dois homens públicos de espírito altamente republicano que não titubeiam para tomar medidas duras, porém necessárias, no sentido de apurar e punir os atos de seus congêneres diretos.
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