07
ago
2015

CPI da Saúde: Deputado não acredita em pressões políticas

“Isso é querer subestimar a Assembleia Legislativa e aos deputados”, disse Levi Pontes (SD). Com a publicação dos membros da CPI, os deputados têm até 120 dias para apresentar os resultados.

Levi Chapadinha para Cristo

Deputado Levi é o presidente da Comissão que vai investigar a “saúde de Murad”

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai apurar os contratos firmados pela Secretaria de Estado da Saúde entre abril de 2009 e dezembro de 2014, Levi Pontes (Solidariedade) falou pela primeira vez sore o início dos trabalhos. Ele foi taxativo ao comentar a possibilidade de pressões políticas abafarem o trabalho da CPI. “Eu acho que isso é querer subestimar a Assembleia Legislativa e aos deputados”, disse Pontes.

Desde que a CPI foi instaurada no parlamento estadual, com a assinatura de 29 dos 43 deputados, esse tem sido o principal fato político no Maranhão.

Pela proposta, a comissão vai investigar suspeitas de dispensas de licitação irregulares, fraudes e até a contratação de aeronaves pela Secretaria de Saúde. A deputada Andrea Murad teria sido beneficiada pelo esquema e usado uma aeronave durante sua campanha eleitoral.

Nas redes sociais, onde montou uma espécie de trincheira, o ex-secretário, Ricardo Murad, tem feito postagens contra o Governador Flávio Dino e membros do governo. Para Murad, a Secretaria de Transparência foi criada apenas para atingir o grupo político do qual fez parte.

Entretanto, um levantamento da mesma secretaria apontou para uma omissão de mais da metade dos gastos feitos durante o governo da cunhada de Murad, Roseana Sarney, apenas em 2013. O valor refere-se à tudo o que foi gasto pela sua administração, e não somente à sua antiga pasta. Na prática, apenas R$ 5,4 bilhões dos R$ 12,8 bilhões de que dispunha foram declarados. E esse valor deve ser ainda maior, pois os anos de eleições estaduais e municipais ainda não foram analisados.

O vice-presidente da comissão, Rogério Cafeteira (PSC) disse, em entrevista no Avesso, apresentado por Américo Azevedo Neto, também comentou a hipótese de alguma articulação da oposição tentar “esvaziar” a investigação. Ele provocou Ricardo Murad: “Se ele fez mesmo isso tudo que diz ter feito, esse é um bom momento para nos mostrar as realizações que tanto propaga”. Cafeteira continua: “ele foi gerente metropolitano e muito empresário lembra dessa época”.

Entre os membros da comissão que podem ser considerados “aliados” de Murad está Roberto Costa (PMDB). Alguns embates virtuais entre os dois por uma possível candidatura do ex-secretário à Prefeitura de São Luís aconteceram, e a relação de Costa com Andrea Murad também ficou estremecida. O parlamentar não ocupa nenhum cargo importante na comissão, mas não deixa de ser alguém que fez carreira política tendo Ricardo como companheiro em inúmeras decisões.

(As informações são da TV Guará)

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