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2019
Decisão de desembargador em favor de advogada que mandou matar o marido é uma vergonha
Desembargador José Bernardo colocou em liberdade Edna de Andrade, amante do prefeito de Cândido Mendes.
Acabou em pizza o desfecho do assassinato do ex-secretário de Saúde do município de Cândido Mendes, Rolmerson Robson, ocorrido em 21 de fevereiro de 2014. Além das investigações não terem encontrado indícios que incriminam o prefeito José Ribamar Leite Araújo, o Mazinho (PP), a autora intelectual do crime, segundo a polícia e o Ministério Público, já está em casa.
Isso mesmo, dias após ser presa, a advogada Edna Maria Cunha de Andrade, que mandou matar Rolmerson Robson – seu próprio marido – foi mandada para casa por meio de decisão do desembargador José Bernardo Silva Rodrigues, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Após o Desembargador José Luiz Oliveira de Almeida anunciar que se encontrava impedido, coube ao Bernardo Rodrigues a proeza de liberar a amante do prefeito Mazinho Leite. O magistrado justificou a liberação da detenta levando em consideração problemas de saúde da ex-procuradora de Cândido Mendes.
Diferente dos argumentos do Des. Bernardo Rodrigues, as investigações do caso “Rolmerson Robson” apuraram que Edna de Andrade planejou minuciosamente o assassinato do marido. Ela foi denunciada esta semana pelos promotores que integram o Núcleo de Investigação do Ministério Público do Maranhão, Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI) que investigaram o crime em conjunto com a Polícia Civil.
O Desembargador Bernardo não levou em consideração que a advogada mandou matar o marido porque ele descobriu que ela e o prefeito Mazinho Leite tinham um caso extraconjugal e, juntos, estavam roubando dinheiro público da prefeitura por meio de contratos fraudulentos.
O magistrado que mandou para casa a amante do prefeito de Cândido Mendes, também, não colocou na balança da justiça que Edna de Andrade pagou ao executor do próprio marido [Ney Moreira Costa, ex-funcionário da prefeitura] o valor de R$ 150 mil e mais um carro para tirar a vida do companheiro.
Além disso, o togado integrante da 2ª Câmara Criminal do TJ-MA não considerou que com a morte do marido, a advogada recebeu mais de R$ 668 mil de um seguro de vida de seu esposo, do qual era beneficiária.
Por fim, José Bernardo Silva Rodrigues, que teve acesso a íntegra do processo, certamente não percebeu que momento exato do crime, Edna de Andrade se aproximou da vítima em atitude de carinho, deixando a cabeça de Rolmerson Robson ao alcance do executor para o primeiro tiro.
Portanto, a decisão do magistrado é uma vergonha à Justiça e ao povo maranhense!
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