dez
2018
Delegado diz que empresário preso pela morte de Ivanildo Paiva é ligado ao ex-prefeito Chico do Rádio
“Existem interesses empresariais por trás dessa morte do prefeito de Davinópolis e interesses políticos, não há dúvida alguma”, relevou o delegado à frente do caso.
O delegado Praxísteles Martins que investiga o assassinato de Ivanildo Paiva (PRB), que era prefeito do município de Davinópolis, disse nesta quinta-feira (27) que o empresário Antônio José Messias preso por suspeita de ser um dos mandantes do crime é ligado ao ex-prefeito da cidade, Francisco Pereira Lima (PDT), o Chico do Rádio, desafeto político da vítima.
“O Messias ele foi candidato duas vezes a vereador. A época a agremiação pela qual ele concorria era uma coligação que era ligada ao grupo do então prefeito Chico do Rádio e concorreu duas vezes e não foi eleito, e continuou a sua vida social e política em Davinópolis. Então existem interesses empresariais por trás dessa morte e interesses políticos, não há dúvida alguma”. Afirmou Praxísteles Martins.
De acordo com o delegado, a prisão de Antônio José Messias, popularmente conhecido como “Messias da Pneu Zero”, aconteceu em cumprimento a um mandato de prisão preventiva que será válido por 30 dias. Ele acrescentou que a polícia chegou a participação do empresário por meio de denúncias anônimas e também após o depoimento dos outros envolvidos que atualmente já se encontram presos pelo crime contra o prefeito.
“Nós já havíamos recebido algumas denúncias anônimas dando conta da participação dele nessa empresa criminosa. Nós já havíamos feito algumas pesquisas, algumas diligências para buscar mais elementos para formar essa convicção da participação dele nesse crime. No entanto, até então, nós não tínhamos conseguido ainda ligar o Messias a esse crime. Com a prisão dos primeiros investigados, nós ouvimos todos eles e depois reiquerimos alguns, fizemos acariações e dessas diligências emergiu a participação do Messias. Um dos investigados apontou o local onde houve encontro com o Messias”, relatou o delegado Praxísteles.
Ainda de acordo com o delegado, durante as buscas na residência de Antônio José os policiais encontraram vestígios de documentos que comprovavam a participação dele na morte do prefeito de Davinópolis. “Cabe o destaque o fato de que em um dos pontos em que foram realizadas as buscas no dia anterior o investigado havia destruído uma série de documentos, havia incendiado esses documentos provavelmente com o intuito de destruir provas que pudessem confirmar ainda mais sua participação no crime”.
O delegado Praxísteles Martins disse que o crime foi planejado três meses antes da morte de Ivanildo Paiva e a participação de Antônio Messias foi estratégica, já que ele foi responsável por selecionar os envolvidos de executar o crime. Praxísteles afirmou que a investigação continua até a prisão do principal mandante.
“Esse crime ele vem sendo montado há pelo menos três meses antes da morte do prefeito Ivanildo Paiva. Imbuídos nesse propósito de matar o prefeito essas pessoas foram sendo arregimentadas aos poucos e o Messias foi peça fundamental para arregimentar essas pessoas. Algumas delas, inclusive captadas por ele, desistiram de cometer esse crime e outras aceitaram e nessa trama. Outras pessoas foram sendo envolvidas com esse propósito de assassinar o prefeito. Até que no dia dez de novembro o crime foi praticado, foi consumado. A gente agora tem um passo importante a ser dado.”, finalizou o delegado.
Além de Antônio José Messias, já haviam sido presos mais outros seis homens por serem suspeitos de participar do crime.
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