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2019
Médicos fecham contratos com prefeituras e repassam plantões a falsos profissionais
O caso do falso médico Keury Pereira Queiroz, de 28 anos, preso esta semana sob acusação de estar exercendo função de médico de forma ilegal e ainda usar falsa identidade no Hospital Municipal de Itaipava do Grajaú, levantou a suspeita de outros casos no Maranhão.
As denúncias apontam para médicos que estariam fechando contratos com prefeituras do interior do Maranhão e repassando plantões a pessoas não médicas, estudantes de medicina ou pessoas formadas no exterior não habilitadas a atuar no Brasil.
O repasse seria feito por um valor abaixo do que os médicos recebem pelas prefeituras.
No caso de Keury, ele afirmou à Polícia ser formado em medicina na Bolívia, mas não passou pelo Revalida e não possui registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Ele pagou fiança no valor de oito salários mínimos e vai responder em liberdade.
Importante o Ministério Público e a Polícia Civil do Maranhão iniciarem uma investigação minuciosa no sentido de apurar a participação de médicos e servidores da área da saúde em esquemas de repasse de plantões em prefeituras maranhenses.
– Caso Suesley
No início do mês de julho, um caso semelhante ocorreu também no interior do Maranhão.
A polícia prendeu na cidade de Santa Inês, Suesley Carlos Marques, de 33 anos, natural de Santa Maria da Vitória – BA, cumprimento ao mandado de prisão após sentença condenatória, expedido pela 1ª Vara da Justiça Federal de Imperatriz, processo decorrente do ano de 2014.
Na época, 19 de dezembro de 2013, o falso médico foi preso pela Polícia Rodoviária Federal quando vinha de um plantão na cidade de Sítio Novo – MA, suspeito de exercer ilegalmente a medicina com nome falso de Thiago Alves Rodrigues.
Com Suesley foram encontrados um veículo também com documentos falsos, um receituário de um paciente, além de medicamentos e um carimbo.
Desde então, ele respondia o processo de autoria do Ministério Público Federal em liberdade, até que quase seis anos após a prisão – dada a tramitação na justica – veio a decisão do juiz substituto Claudio Cezar Cavalcante.
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