Sem água nas torneiras há semanas, os moradores do bairro Vila Maresia, em Raposa, já não sabem a quem recorrer. Depois de tentar solução por diversas vezes junto ao Serviço Autônomo de Águas e Esgoto (SAAE), o problema da falta d’água na comunidade continua.

Cansado com o descaso da Prefeitura, um dos moradores prejudicados decidiu tirar fotos usando seu celular e denunciar o caso por meio da internet.

“Impressionante, mais uma vez estamos sem água, à uma semana. Essa é a calamidade em que está entregue as pessoas em Vila Maresia, que se quiser tem que cavar buracos, desenterrar os canos para obter um pouco de água, ou então, comprar água em carroças. Isso é uma falta de vergonha, irresponsáveis, insensíveis, que não tem compromisso com o povo. Ainda querem que a gente não fale nada, ah é? Vem carregar água no balde pra te ver…“, explicou Jovecir Silva Araújo pela sua página no facebook.

A situação dos moradores é penosa, já que a água é um item básico tanto na higiene como na alimentação. Elivan Santos, que é morador de outro bairro, comentou a denúncia de Jovecir pela rede social, ele conta que falta de água não é mais novidade. “Lá no meu bairro aonde futuramente irei morar, já está com mais de meses que não tem água, até mandei furar um poço para começar a construir minha casa, irmão a coisa tá séria e feia, ‘eles’ não estão nem um pouco preocupados, pois têm ‘as verbas’ e podem, se quiser, comprar água mineral até pra banhar”, desabafou outro morador revoltado.

A dona de casa Giova Salute, explica que a solução muitas vezes é “contar com a solidariedade dos vizinhos e buscar água na casa dos que possuem um poço artesiano” disse. Revoltada com a condição a que são sujeitos, a moradora diz ainda que “ninguém resolve nada. Aí quando a água aparece é bem pouquinha, a torneira apenas pinga e é só à noite”, lamenta.

Outros moradores do bairro estão fazendo a mesma coisa. “Você abre as torneiras e não tem nada. E precisamos de água para tudo. Cozinhar e lavar. Eu estou indo lavar roupa na casa do meu filho lá no Inhaúma”, explica a dona Giova.

O blog tentou contato com algum representante do SAAE, mas as ligações não foram atendidas.