Um total de 62 suspeitos foram presos, por meio do cumprimento de 47 mandatos preventivos, efetuados em operação da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA). A ação é fruto das investigações da morte do italiano Carmélo Mário Calabrêse, de 65 anos, ocorrida no dia 8 deste mês. O trabalho foi intensificado, ao longo de uma semana, em trabalho integrado da Polícia Civil. A logística da operação e apresentação de presos foi detalhada em coletiva, com a participação de gestores da SSP, na sede da Polícia Civil, na Praia Grande, em São Luís, nesta sexta-feira (5).
“Esse trabalho integrado foi determinado em reunião da Segurança Pública com o governador Flávio Dino, para que fossem realizadas ações fortes no combate aos autores de crimes violentos. Nossa polícia obteve êxito e a operação não vai parar. É um modelo de ação integrada que será incorporado para encargo da Polícia Civil”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela. O secretário destacou que o trabalho é permanente, para agilizar prisões de suspeitos com mandados em aberto. Há casos de presos com crimes cometidos há mais de três anos.
Os mandados cumpridos são de expedições do Poder Judiciário em atendimento a representações da Polícia Civil, ou por ocasião de condenações. São pessoas apontadas pela prática de crimes violentos como homicídios, tráfico de drogas e roubos a residências, coletivos e bancos. Comunicados destes mandados serão feitos também às polícias Militar, Federal, Rodoviária Federal e Guardas Municipais, para que os sistemas tenham acesso às informações e possam promover mais brevemente as prisões. Portela ressalta que serão feitas mais representações de prisões ao Poder Judiciário.
“Nossa tentativa é esgotar os mandados de prisão que estejam em aberto na Justiça. O mesmo empenho será aplicado ao decorrer dos trabalhos para que estas pessoas sejam detidas. São prisões que vão zerar o banco de dados e garantir mais tranquilidade e segurança à sociedade, que estará mais confiante na polícia”, avalia o titular da Delegacia Geral Adjunta de Operações, André Luís Gossain, responsável por coordenar as operações. O trabalho tem apoio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), incluindo unidades do interior e o Departamento de Feminicídio.
No caso do italiano, foram presas oito pessoas ligadas ao assassinato, sendo quatro com participação direta comprovada. Uma das mulheres possuía envolvimento com a vítima, o que facilitou sua aproximação para o crime. Na ocasião do latrocínio, ela estava no quarto e organizou a entrada dos demais. O italiano morava em São Luís há 15 anos e contra ele havia acusação de estupro em seu país.
“Realizamos uma investigação intensiva, desde o comunicado do desaparecimento da vítima. Essa ação é paralela à operação policial desencadeada para cumprimento destes mais de 60 mandados de prisão”, destaca o delegado titular do Departamento de Homicídios do Interior, órgão da SHPP, Jefrey Furtado. O assassinato ocorreu em fevereiro. Dos mais de 60 presos, há criminosos do Maranhão e Rio Grande do Sul.
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