jan
2020
Pedro Lucas acredita que após promulgação de exploração da base de Alcântara, Maranhão possa receber R$ 10 bilhões de reais
A promulgação do decreto legislativo oficializando o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) entre os governos brasileiro e dos Estados Unidos (EUA) pode beneficiar o Maranhão com o Brasil entrando no mercado aeroespacial. É o que acredita o deputado Federal, Pedro Lucas Fernandes (PTB), atual presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara.
O acordo designa a exploração da base espacial da cidade de Alcântara para atividades espaciais por companhias estadunidenses e as proteções que esses agentes terão no desenvolvimento de ações no local, como lançamento de foguetes e satélites.
Em entrevista a O Imparcial, o parlamentar ressaltou que o mercado aeroespacial no mundo movimenta bilhões de dólares e que, com o AST, o estado pode se beneficiar com os investimentos feitos no setor pelo governo americano.
“Acreditamos que o Maranhão possa receber pelo menos 10% desse mercado que chegaria a R$ 10 bilhões. É um volume muito significativo para um estado que tanto precisa de recursos”, disse o deputado federal.
Pedro Lucas Fernandes afirmou que a promulgação do AST foi um dos passos mais importantes que o Brasil deu para o seu desenvolvimento tecnológico espacial. Ele lembrou que foi uma grande vitória que tivemos na Comissão de Relações Exteriores, e foi o primeiro passo que o Maranhão deu ali, de imediato após aprovação da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRADEN) pode-se apresentar um requerimento de urgência para que fosse logo apreciado pelo plenário.
“Alcântara é uma cidade privilegiada. Estamos falando de um mercado que o Brasil tinha tudo para acontecer há 20 anos atrás, e que não ocorreu porque realmente feria a nossa soberania nacional. Agora estamos esperançosos. Se a gente for ver o custo nacional só para testes era de R$ 50 milhões de reais por ano. Um custo muito significativo para o país”, enfatizou o parlamentar.
O deputado federal lembrou que durante a 14ª Semana de Tecnologia 2019 da Faculdade de Tecnologia de São Paulo em São Bernardo do Campo, o governo brasileiro foi procurado por dez empresas americanas, demonstrando interesse em implementar seus projetos na base de Alcântara. Além disso, a Universidade Federal do Maranhão está investindo também no segmento ao abrir oportunidades para os interessados por meio do curso de Engenharia Espacial.
“É um mercado que gera muito investimento. Já entramos em contato com a presidência da Equatorial Energia que já disponibilizou R$ 11 milhões para estabilizar a energia da base de Alcântara. De imediato, o Ministério de Infraestrutura já está fazendo as estradas necessárias; a pista do aeroporto que é maior do que o de São Luís terá uma estrutura para receber passageiros civis. Então são várias etapas que estão se desenvolvendo para que São Luís e Alcântara se transformem em referência no segmento de tecnologia de ponta”, acrescentou Pedro Lucas Fernandes.
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