No último dia 10 de dezembro, Carlos Magno Pereira, esteve frente a frente com a Promotora de Justiça de Paço do Lumiar, Gabriela Brandão da Costa Tavernard, durante depoimento e confirmou que recebia sem trabalhar na Câmara Municipal de Vereadores, sendo assim, um funcionário fantasma. Ele ainda atestou que praticava o esquema conhecido como “rachadinha”, no qual funcionários devolvem parte do salário ao chefe.
No depoimento, Carlos deixa claro que nunca prestou serviço na Câmara de Vereadores de Paço, tampouco, fez qualquer tipo de trabalho para o Poder Legislativo. Ele conta que deixou seus documentos pessoais para sua contratação no escritório localizado no Maiobão, pertencente ao advogado Paulo Carvalhedo. A papelada foi entregue por um amigo de nome Guilherme, que deixou nas mãos do advogado.
Carlos disse que já tinha passado os documentos pelo whatsapp para Paulo Carvalhedo, mas o advogado orientou que precisava deixar os papeis em seu escritório. E assim ele procedeu.
– Participação de Fernando Muniz e assinaturas salteadas
Na frente da Promotora Gabriela Tavernard, Carlos Magno disse, também, que participou de uma reunião na sede da Câmara na qual estavam presentes o atual presidente da Casa, Fernando Muniz, além do vereador Vagner Sousa e mais um senhor de cabelos brancos e pele morena que ele não soube dizer o nome.
Carlos falou que o presidente da Câmara disse que ele deveria assinar as folhas de pontos, mesmo sem nunca ter frequentado o trabalho. Em determinado momento, Muniz chamou o senhor de cabelos brancos para indicar na folha de pontos as datas que Carlos Magno deveria assinar e colocar sua presença de forma salteada. Isto é, fraudar um documento público.
Dando continuidade ao depoimento, Carlos Magno diz que os vereadores Fernando Muniz e Vagner Sousa justificaram as assinaturas salteadas para dar a entender ao Ministério Público que o funcionário faltava muito ao trabalho, e por esse motivo, teria sido exonerado.
– Transferência para Vagner Souza
Carlos disse ao MP-MA que recebia sem efetivamente trabalhar e, a maior parte do seu salário, ele mesmo fazia transferência direto para a conta bancária do vereador Vagner Sousa. O Blog do DC apurou que todos os extratos das transações já estão em poder do Ministério Público, que investiga o caso.
Mais adiante no depoimento, Carlos Magno diz que durante a reunião, Vagner pediu para que ele mentisse ao Ministério Público. Se perguntado sobre as transferências bancárias, para afirmar que o dinheiro tinha objetivo de pagar uma dívida entre os dois, pelo uso de um veículo Volkswagen Saveiro.
– ABAIXO A ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO, A PARTE CENSURADA SÃO DADOS PESSOAIS E ENDEREÇOS DOS ENVOLVIDOS, QUE O BLOG DO DC PREFERE PRESERVAR POR ENTENDER QUE NÃO TÊM RELEVÂNCIA NA ESSÊNCIA DO POST.
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