07
dez
2013

Avanço social e a trajetória combativa marcam entrega do prêmio José Augusto Mochel à personalidades

O debate sobre os avanços sociais do estado marcou a noite de homenagens da 7ª Edição do Prêmio José Augusto Mochel. Ao relembrar a trajetória combativa dos que receberam a premiação, os homenageados pontuaram a necessidade de continuação das lutas para estabelecer avanços sociais no estado.

Ao abrir a cerimônia de premiação, o ex-deputado federal Flávio Dino falou da vida e das lutas dos homenageados in memorian. “A trajetória das vítimas do processo da luta democrática e popular devem continuar a ser representadas por nós, a continuidade de nossas lutas imprime um sentido a tudo e todo o exemplo que nos foi deixado”, disse Flávio Dino.

homenagens da 7ª Edição do Prêmio José Augusto Mochel

Às vésperas de completar 50 anos desde o Golpe Militar, que entre outras marcas deixou a opressão, as homenagens póstumas aos líderes camponeses Epaminondas Gomes de Oliveira e Nonatinho Alves da Silva foram marcadas por emoção e reconhecimento. Familiares desses maranhenses foram receber a homenagem.

O presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, avaliou o momento como uma oportunidade de reavivar os ideais que nortearam a luta pela liberdade no Maranhão. “É um orgulho para o nosso partido ouvir os relatos de histórias de vida marcadas pela coerência com os princípios que continuam a nos inspirar hoje na busca da construção de uma nova realidade social em nosso estado”.

A representante do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, Ângela, relatou que a luta das quebradeiras, tal qual a de outros movimentos sociais têm em comum a pauta da superação das desigualdades que ainda marcam o Maranhão.

“Quando lutamos contra o sistema que expulsa os trabalhadores do campo, em detrimento da valorização da economia rural, da agricultura familiar, reivindicamos a mudança na realidade social de cada trabalhador, esteja ele no campo ou não,” disse Ângela, filha de quebradeira de coco.

Jacó, militante histórico do PCdoB e homenageado com a 7ª edição do prêmio, afirmou que este é um momento decisivo na luta da esquerda pela superação das desigualdades sociais.

“Já lutamos para ter sindicatos, que os militares e seus comandantes proibiam no Maranhão. Esse momento é de lutar para mudar esse Maranhão que ainda tem tanta coisa que precisa melhorar e essa luta dos trabalhadores está representada hoje pelo Flávio Dino,” disse.

Outras personalidades maranhenses também foram homenageadas no evento, entre elas, o jornalista Aldionor Salgado, o ex-deputado Julião Amim, a advogada e militante dos direitos humanos Josiane Gamba e o bispo de Imperatriz Dom Gilberto Pastana.

A cerimônia de entrega das premiações coteve a participação dos deputados estaduais Othelino Neto, Raimundo Cutrim (PCdoB), Rubens Pereira Jr (PCdoB), Bira do Pindaré (PCdoB) e Simplício Araújo (SDD). Gerson Pinheiro, Elba Mochel (viúva de Augusto Mochel), Francisco Gonçalves, Rose Salles e Wagner Lago também prestaram homenagens aos escolhidos para a premiação.

No discurso de encerramento, Flávio Dino lembrou que a trajetória de todos os homenageados representa um arco da história que deverá acompanhar as lutas futuras de todos que desejam um Maranhão melhor.

Dino afirmou que a reunião anual, nos meses de dezembro, faz que com os representantes das lutas sociais no Maranhão reflitam sobre o passado, com os olhos para o futuro: “Homens e mulheres que fizeram a luta pelos trabalhadores vem aqui e narram tantas histórias de combates pelo bem. São essas pessoas que queremos reunir pela mudança no Maranhão,” finalizou.

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